segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Sal e o Pessimismo

O péssimo salino dos brasileiros

De vez em quando eu fico pasma com o péssimo dos brasileiros.
Hoje conversando com um meu colega sobre o excesso de sal nas comidas de restaurante, ele profetizou: “É tem muito sal e a tendência é piorar!”
Que diabo!
Mas o que tem de inevitável em colocar sal na comida? Pergunto eu?
Ele não tinha resposta.
Deve ter algo de errado comigo. Mas quando eu vejo – ou como – algo de errado só vem na minha cabeça que é preciso melhorar a coisa errada.
Para o brasileiro médio – e medíocre- a pensamento é: é assim e vai piorar!
Não consigo ver outra coisa além do egoísmo individual levado as ultimas consequências.
A logica é:  se algo estar errado e vai piorar, isso justifica que eu não tem que fazer nada para MELHORAR situação!
O pessimismo a meu ver não é nada mais que um mecanismo psicológico para justificar preguiça mental e abstenção social: se tudo é ruim e vai ficar pior, então eu não preciso fazer nada para melhorar.
È assim que criamos um país cheio de corrupção, crime, dividas, péssimos serviços públicos, etc., etc.

Voltando al sal, este é o veneno que ingerimos todo dia, e ainda pagamos caro – em contas de restaurantes- para ser envenenados.  
O sal de cozinha é o cloreto de sódio. Cada grama dele contêm 0,4 g de sódio: para cada 9 g de sal ingeridas, o organismo retém um litro de água.
O sódio presente naturalmente nos alimentos é necessário para o bom funcionamento do corpo. A organização Mundial da saúde recomenda o consumo de 4 ou 5 gramas de sal ou 2000 a 2400 mg de sódio.
Os brasileiros, no entanto, consomem em média cerca de 10 gramas, o dobro do recomendado, sem contar o sal dos alimentos ingeridos fora de casa. 1 cheesburger contem 700 mg de sódio, um pacotinho de batata frita tem 281 mg de sódio. O biscoito agua e sal que comprei hoje, com menor teor de sódio dos outros, contem 173 mg.
O sódio se acumula no sangue e no fluido extracelular. Isso provoca um desequilíbrio no corpo e aumento da retenção de agua. A retenção de agua faz aumentar o volume de sangue circulando nas artérias, o coração tem que bombear mais rápido do que o normal e aumenta a pressão sanguínea. Quando o problema é crônico é chamado de hipertensão arterial.
Como todos sabem isso provoca um efeito dominó de vários outros problemas, levando à infarto, AVC, insuficiência renal e outros.
Todo ano 400 mil brasileiros morrem por doenças ligadas à dieta e hipertensão. E o Sistema Único de Saúde gasta R$ 11 bilhões por ano em internações e cirurgias (incluindo transplantes) por conta de doenças crônicas não transmissíveis. 
Estima-se que 35% da população brasileira acima de 40 anos tenham hipertensão. São cerca de 17 milhões de brasileiros. Desses, 75% dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). O pessoal ainda reclama quando não acha o medicamento Captopril disponível nos postos de saúde.  
Tudo isso pode ser evitado reduzindo o consumo de sal em 4 ou 5 gramas por dia. Este objetivo é perfeitamente possível com um pequeno esforço de todos para reduzirem a quantidade de sal nos alimentos.
Indivíduos, empresas de produtos alimentares e restaurantes podem e devem fazer isso.
Convide o restaurante que frequenta e reduzir o sal. Compre alimento com teor de sal mínimo. Cobre do seu deputado ações publicas contra o excesso de sal. 
Resultado? Para todos nós, melhor qualidade de vida, bem estar, mais saúde, maior produtividade no trabalho e nas atividades do dia-a-dia. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), menos gastos com o tratamento de doenças como infarto agudo no miocárdio, derrames (acidente vascular cerebral), insuficiência renal, insuficiência cardíaca, cegueira definitiva, abortos, entre outros.   
Podemos e devemos todos empenhar-nos em comer melhor, agir melhor e envolver a nossa sociedade na mudança.
Abaixo o sal! Viva a vida!



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